sábado, 31 de maio de 2014

O Eduardo nasceu!

E mais de um mês depois do parto venho registar esse dia que mudou as nossas vidas! 

Eram dez da manhã do dia 14 de Abril quando saímos os três de casa (eu, o pai e a avó) para irmos, já fartos, à quarta avaliação no hospital! Eu saía de lá abananada, o exame de toque era horrível! E eles cansados de esperar. Neste dia ainda esperaram mais! 
Deitada a fazer o CTG senti umas gotinhas que eu pensei serem de xixi, fiquei logo chateada porque já não podia ir passear como tínhamos combinado! Estava tão apertadinha mas com vergonha de pedir para sair a meio do exame... mas lá pedi e bastou levantar-me para alagar a sala toda! Aí percebi porque é que o Dr. se riu quando disse: "Tem muito líquido, tem aqui uma bela banheira!" É que tinha mesto muito liquido! Fiquei logo nervosa, era agora! Ainda bem que aconteceu ali já ao lado da sala de partes! Já ali fiquei nervosa imagino em casa, na rua, ou na secção de iogurtes como a minha irmã! 
Dali fui para a sala de partos mas logo me avisaram que ia demorar! Não tinha dilatação nem contrações. O meu namorado já estava comigo, nervoso mas animado e a tentar manter-me calma. Não lido muito bem com hospitais, dor e com o desconhecido, estava tudo a meu favor não é??... Pois... 
Resumindo, até às oito da noite lá ficamos os dois na sala, nada de dilatação e muito poucas contrações, eu já gemia e a enfermeira dizia que ia piorar muitooo! O meu médico que me acompanhou durante a gravidez viu-me sofrer tanto com 1 dedo de dilatação e disse que com certeza teria de levar a epidural... Eu não queria mas com a minha quase nenhuma tolerância à dor não coloquei de parte a hipótese. A partir das 20h a "coisa" começou a apertar! As dores eram mais fortes, eu já estava muito cansada e nem me lembro de muita coisa, parece que entre contrações eu adormecia, nem sei! Nem bem me lembro quem estava na sala, só me lembro da dor e de estar sempre a chamar alguém já que continuava sozinha com o meu namorado que, coitado, a cada contração se concentrava no relógio para não ver a minha dor. Às 21:30 desisti e pedi a epidural, eu não ia aguentar mais do que aquilo! Deram-me um papel a assinar e eu, tão bem que estava, assinei duas vezes, uma no aceito, outra no recuso a epidural!... Lá rendeu umas gargalhadas na sala... Bom para quem se riu, cá eu continuava cheia de dores! 
Veio o anestesista e... mais dor!!!!! Ele não encontrava o lugar onde tinha de picar, picou váaarias vezes, ainda me perguntou se tinha algum problema de coluna e eu já sem nem saber se desistia da epidural ou se continuava, que dor seria pior? Depois do tempo de atuação continuei a sentir dor e já estava com 8 dedos de dilatação, já não dava para receber outra dose e... FAÇA FORÇA!!!!! Foram uns 30 minutos de desespero para mim, eu lembro-me de muito pouco, sei que ainda me desesperei, mas as enfermeiras acalmaram-me e pouco depois senti "umas picadas" que eram já o bebé a sair! Doeu! Doeu! Doeu! Hoje já não me lembro de nada mas na hora nem sei como aguentei! 
A parte que eu mais esperava, porem-no no meu peito mal saísse na barriga não aconteceu, ele foi levado para uma mesinha onde aí chorou, foi lavado, vestido e depois o novo papá veio apresentar-mo. Ainda não tínhamos decidido o nome por indecisão minha e o pai, de certeza a aproveitar o meu estado, perguntou "Eduardo?". Era o nome que eu quis desde sempre então acenei que sim. 
Um pouco mais de dor enquanto a parteira terminava os trabalhos mas agora com os olhos no meu bebé já nem sentia nada. Tão pequenino, tão frágil! 3,700kgs, 51,5cm.




Às 22:48 o mundo mudou, nunca mais vai ser igual. Nunca mais vai ser tão fácil, mas nunca foi tão belo. O meu bebé nasceu!

1 comentário:

  1. Haaaaaah que bonita hora (horas, ok!) que tiveste :-) Obrigada por partilhares, um beijinho e felicidades para o Eduardo!!!

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